A conscientização de sintomas de determinada doença é perfeitamente possível, o que não quer dizer que esse fato erradique sintomas, ou cure. Pode sim, trazer um certo alívio, no entanto, por certos reconhecimentos que ocorrem ocasionalmente, por exemplo: os decorrentes orgânicos (físicos) da depressão, como a intensa ansiedade, pode ser confundido como um colapso cardíaco, ou qualquer outra alteração grave...
O próprio paciente, estabelecendo o diagnóstico diferencial, acaba por evitar um pânico maior e até erradicar a ansiedade. Então ele reconheceu "um" sintoma por um ato racional e não por um insight, compreensão abrupta à nível emocional de um conteúdo antes reprimido. (inconsciente). A compreensão racional é tão somente uma "aprendizagem" e não representa ação eficaz sobre o sintoma.
Em psicoterapia considera-se que a eliminação do problema, dá-se não quando, por ação química, ou por uma ação errônea do terapeuta, o sintoma é levado a desaparecer; nesse caso houve apenas a repressão, ou seja, o conteúdo retorna para o inconsciente por um mecanismo ineficaz que só faz adiar a verdadeira e derradeira solução.
A ação terapêutica eficaz, requer a decodificação das causas da doença, ou de sintomas. Isso é feito paulatinamente, com um cuidadoso trabalho investigativo até que o problema seja decifrado, no "timming". Essa ação, além de ser no tempo,( tempo certo para o paciente), precisa ser num nível emocional. Aliás esse é o verdadeiro "insight". A tarefa do psicoterapeuta é, pois, perseguir esse resultado ; ir induzindo para que esse processo chegue a bom termo; para que o "insigth" aconteça.
Vemos que o que foi perguntado acima, sugere que a pessoa possa fazer só, um procedimento que requer um "testemunho"...: a cura, raramente é um ato solitário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário