sexta-feira, janeiro 03, 2014

DE VOLTA À POESIA

DESENLACE









Quando a dor era evidente,

A solidariedade suplicante.

Viu-se   uma bondade panfletária;

Generosidade de folder!

Amizade  cenográfica!

Nem gentileza caracterizava,!

Até  bula  é mais convincente,

Com seu texto decorado, um estudo, apenas!

Urge o gesto: no caso em questão. 

 Tudo se revelaria  na encruzilhada,

Onde  carece a urgência da mão estendida;

A prova desinteressada do gesto que ampara!

Junta do chão, traz a atadura,

Estanca o sangue, ou nem tanto,

Basta que refresque com uma compressa qualquer;

Nesses casos, são  doenças  solidárias.

Andam de mãos dadas, por anos à fio,

Para impedir  o mútuo auxílio,

Nem culpados nem inocentes;

Bem  mais grave do que conflito ou dilema;

Cuja dissolução é certeira.

Ultrapassa a simples divisão de almas.

Um vínculo conectado ao arcaico,

Simbiótico, fadado à morte,

Mas que nem chegou a nascer!

CARMEN

Porto Alegre,2011

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