DESENLACE
Quando a dor era evidente,
A solidariedade suplicante.
Viu-se uma bondade panfletária;
Generosidade de folder!
Amizade cenográfica!
Nem gentileza caracterizava,!
Até bula é mais convincente,
Com seu texto decorado, um estudo, apenas!
Urge o gesto: no caso em questão.
Tudo se revelaria na encruzilhada,
Onde carece a urgência da mão estendida;
A prova desinteressada do gesto que ampara!
Junta do chão, traz a atadura,
Estanca o sangue, ou nem tanto,
Basta que refresque com uma compressa qualquer;
Nesses casos, são doenças solidárias.
Andam de mãos dadas, por anos à fio,
Para impedir o mútuo auxílio,
Nem culpados nem inocentes;
Bem mais grave do que conflito ou dilema;
Cuja dissolução é certeira.
Ultrapassa a simples divisão de almas.
Um vínculo conectado ao arcaico,
Simbiótico, fadado à morte,
Mas que nem chegou a nascer!
CARMEN
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